quinta-feira, 1 de abril de 2010

Sou real.

Sou real.
Sou eu, despida de falsidades, de superficialidades, de pura vaidade.
Julgam-se pelo que parecem, sofrem e esquecem. Esquecem o que são.
Uma roupa nova, não me torna diferente, faz-me bonita, contente.
Precisam de ter barreiras, invejas e maldades para viver.
De dar nas vistas, seja por que motivo for. Não interessa. Vive-se só pelo rancor.
Armam-se em diferentes, mas depois põem-se a sonhar, e esquecem-se que como elas já há muitas.
Raridades. Falo de nós. Pessoas normais. Sem tiques, sem manias, com defeitos, mas alegrias. Pessoas banais, que se realizam, que se concretizam, que amam, são amadas, e que se divertem sem que ninguém tenha nada a haver com isso. Pessoas independentes, e iguais realmente, mas com sentimentos diferentes, que nos faz únicos, no meio de tanta gente.
Eu vivo pelo que sou, não pelo o que os outros querem. Faço o que quero, sem medo de desiludir, sem receio de desapontar, porque sou só eu. Não tenho satisfações a dar.

sábado, 12 de setembro de 2009

Morre

Como é possível? Que a vida das pessoas mudem tanto por causa de uma coisa que atinge tanta gente, sem sequer nos conseguirmos esquivar delas?

Vou-vos contar uma história...

Era uma vez uma menina que era muito feliz. Apesar de muito tímida, a melhor descrição da sua vida era um sorriso. Essa menina era muito activa, fazia muito desporto e até chegou a andar numa academia de ninjutsu porque o seu pai havia insistido e ela depois começou a gostar.

Ela tinha 11 anos.

Andou um ano nessa academia e duas vezes por semana lá ia ela toda contente...

Ao fim desse ano, essa menina era já uma verdadeira ginasta, para ela, os pinos, cambalhotas, golpes por baixo, por cima, rolamentos, saltos e tudo mais era já brincadeira...ela fazia tudo com muito gosto e um dia até pensou ser alguma coisa relacionada com desporto porque era muito boa nisso..

Era a melhor da turma a educação física e tinha sempre excelentes notas...

Até que um dia o seu pai decidiu tirá-la da academia e ela ficou um bocado triste porque já era um vicio para ela...

Tinha 12 anos...


Eram férias grandes da escola...

Um dia foi para casa da sua madrinha e ela tinha lá uma bicicleta de ginásio...a menina logo começou a andar nela...quando saiu sentiu alguma coisa muito estranha nas suas pernas...

Doíam muito...mas pensou que era de estar cansada...
À noite foi-se deitar e começou a chorar...as dores de leve tornavam-se agora muito fortes e ela não aguentava...

Ainda estava em casa da sua madrinha. A sua madrinha aflita não sabia o que fazer...perguntou se ela queria ir ao hospital, mas a menina não quis ir, só pediu uma almofada para meter entre as pernas e chorou baixinho durante toda a noite.

No dia seguinte mal conseguia andar e então a sua madrinha foi com ela primeiro a uma farmácia porque podia ser alguma dor de mudança de tempo ou assim...chegaram lá, a menina disse o que sentia e o que disseram foi que a menina estava com dores de crescimento.

A rapariga e a sua madrinha ficaram mais descansadas. Era hora da menina ir para casa dos seus pais e quando lá chegaram, a sua madrinha explicou o sucedido e os seus pais não se acreditaram, porque a menina sempre tinha sido muito saudável e activa.

A rapariga nem conseguia andar e tinha de se segurar às coisas para andar um metro..

As dores aumentaram e o pai da menina decidiu levá-la ao hospital...lá fizeram-lhe um raio-x e nada descubriram, recomendaram-lhe uns cremes para os musculos e foram para casa...

A menina não sabia o que fazer, via a sua infância a ficar para trás, os seus amigos e amigas a correrem, a brincar, a serem livres como passarinhos, e ela sentia-se presa por causa da perna maldita.

O tempo foi passando e a dor continuou...

Passaram dois anos de dores, de receios, de raiva e de inveja aos outros meninos...

Finalmente após esses dois anos de muito choro sozinha, a menina decidiu falar com os seus pais...ao contar que as dores ainda nela estavam não conteve e as suas lágrimas evidenciaram-se..ela sofria muito.

O seu pai desde logo lhe deu razão e no outro dia já estavam no hospital...fizeram um raio-x e a menina, sem saber foi mandada de imediato para a ortopedia infantil.

Tinha 14 anos. Uma vida difícil e sofrida. Não sabia o que tinha e isso era o que mais a intrigava.

A sua mãe ia-a acompanhando nas suas consultas..foi quando o ortopedista lhe disse que tinha uma doença rara. Perthes.

O seu fémur estava muito degradado. Em muito mau estado. Ela não sabia o que fazer e só lhe apetecia chorar e fugir do mundo. Sabia que a sua vida tinha mudado muito e que no futuro ia mudar ainda mais.

'A sua filha tem este osso pior do que os velhinhos de 80 anos'. Esta frase dissera-lhe o médico bastante revoltado com a injustiça da vida.

Foi imediatamente mandada para outro Hospital, o de S.João. A menina estava assustada. Só queria a sua vida de volta. Não sabia o que havia de fazer...

Até que no fim das suas consultas, o médico ortopedistas lhe dissera que a sua doença não tinha cura, que teria de ser operada quando o crescimento estivesse completo e que teria de por uma protese no osso 'estragado'..

A menina ficou com mais medo ainda, mas aliviada por terem descoberto o que tinha. Era uma doença rara. Sem cura. Aos 14 anos. A sua infância nunca foi bem infância. Mas com o apoio dos seus amigos e familiares ia conseguindo viver. Devagar.

Actualmente essa menina tem 18 anos. Continua com a doença, com as dores, com o medo, com a revolta, com alguma inveja das pessoas 'perfeitas' e com o sonho de voltar a ser muito feliz.


Essa menina sou eu.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Música Amiga

Por seres tão melódica me embalas
neste mundo que se diz irregular
Gosto de te ouvir e sempre que me falas
Até o meu coração pára para te ouvir citar:

" Canta-me e deixa-me ser cantada
pela chuva, pelo vento e geada
mas não me deixes ser maltratada
que é o que faz muita rapaziada! "

Ao teu pedido atenderei
Sempre que puder nisso vou trabalhar
Se isso não fizer um dia sei
Que já comigo não poderás falar.

Boa música, estou aqui
Disponível para o que precisares
Vou lutar, sim, luto por ti,
Para num dia reinares...

Sê-te!

Sintoniza-te!
Não penses que o és sem ser
Que o tens sem o ter
Que vives sem o saber fazer.

Acredita em ti
Luta por ti
Vence por ti
Orgulha-te de te seres.

Sê-te com vontade
Não te sejas porque o querem
Espontâneo e normal
Não sejas como te preferem.

Se um dia te quiserem ser
E fores um só
Nunca renuncies à vontade de te ser
Sê-te só.

Sê-te
Sê-te para sempre
Sê-te para mim
Sê-te para toda a gente.


CláudiaS

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Vida

Vou vivendo…mas sabes que os problemas surgem quando menos esperas e quanto mais anseias que eles deixem de existir mais eles duram?
Pois é mesmo assim a vida. Tanto num momento podemos estar felizes, completos, e agradecidos por tudo, como no momento seguinte podemos estar a roer-nos por dentro para não gritar, a sufocar o choro que tenciona sair a todo o custo, a prender a respiração para parar de pensar…
Mas porquê? Porque é que há destas mudanças que conseguem deixar qualquer um maluco? Porque é que a injustiça teima em sobressair-se onde supostamente reinava a lealdade e a paz? Porquê? Será que é por apenas sermos seres insignificantes à vista de todos e de cada um? Não damos valor. Não agradecemos, todos os dias, à força superior, o que temos. Não dizemos a todos os instantes às pessoas de quem gostamos que a amamos, por vergonha, por receio ou até mesmo por desmazelo. O desmazelo é o pior dos motivos. Pensamos que para continuar futuramente a ter o que temos não é preciso lutar, não é preciso mostrar o que realmente tencionamos? Enganam-se! A vocês e a todos.
O futuro depende dos nossos actos do presente. Nem sempre agimos da melhor forma, às vezes até sem saber, mas tudo isso é reflectido no dia seguinte.
Vou vivendo. Feliz. Com amor, música e carinho. Não é preciso muito mais.
CláudiaS

Assim

Assim.

Por tua causa!

Sim, por tua causa.

Nem céu nem mar

Nem sol nem luar

Iremos poder mais uma vez apreciar.

Por tua causa

O céu escuro transformado

Numa só nuvem de tristeza

Um céu que, outrora encantado

Tratado agora com frieza.

A frieza de quem pode

Frieza de quem manda

Tudo é feito nada custando

O dinheiro que se vai gastando

Talvez um dia me vá acomodar

E nada mais vou ver por aqui

Mas até esse dia chegar

Numa única coisa vou pensar

No dia em que te conheci. :D